O século XX trouxe grandes mudanças para a posição da vodka na sociedade. A Vodka costumava ter a reputação de melhor bebida Russa, em termos de qualidade, sendo fortemente relacionada à religião. Isso mudou após a nacionalização da produção da vodka. O governo soviético transformou isso em um negócio lucrativo para o seu regime. O principal consumidor se transformou no público alvo para as vendas de vodka, enquanto o objetivo principal dos produtores mudou de qualidade para quantidade. Outro evento que deteriorou a reputação da vodka foi a 1ª Guerra Mundial. Os russos desenvolveram a ideia de que a vodka era a “dorga ideal” em tempos de guerra.

Durante a guerra, a vodka também foi usada como antisséptico para a limpeza de feridas e de armas, tanto na 1ª quanto na 2ª Guerra Mundial, além de ter sido usada como “estimulante” para os soldados soviéticos. A vodka diminui os limites morais para a luta e controla o nível de adrenalina no sangue. Bebidas alcóolicas diminuem a concentração de adrenalina no sangue, dando uma maior “controle” durante as batalhas. Apenas 100ml de vodka por soldados russo era a ração oficial para um dia da 2ª Guerra. Cientificamente falando, 100ml de vodka contém até 250kcal. Essas calorias são justamente o suficiente para o corpo humano sobreviver para mais um dia.

Em 1961, o primeiro foguete soviético foi para o espaço. Esse evento foi patrocinado pelos produtores russos de vodka, como uma amostra do grande papel da bebida na sociedade russa. Por volta de 1973, outros países começaram a prestar muita atenção à produçaõ russa de vodka. A América queria essa produção em seu mercado, mas isso teria que ser uma troca justa. Um segredo em troca de outro. A bebida mais famosa no mercado americano era a Coca-Cola, mas esta era muito fortemente ligada ao “espírito americano”, então foi escolhida a segunda melhor: a Pepsi. Em 1973, a primeira fábrica da Pepsi foi construída em Novorossijsk, no sul da Russia. Em troca, a Pepsico se tornou a distribuidora exclusiva para um produto único no mercado americano: a vodka russa.

Boris Yeltsin, primeiro presidente da Federação Russa, cancelou o monopólio nacional da produção de vodka em 1992. A partir de então, tornou-se relativamente fácil adquirir a licença para produção. Nem todos os produtores são igualmente experientes e honestos na produção da bebida e em alguns anos uma vodka baseada em methanos apareceu no mercado. O metanol é extremamente tóxico em relação ao etanol, 50ml é uma dose letal. Depois disso, o programa foi terminado e o monopólio nacional foi restaurado, deixando a população russa segura para beber sua vodka novamente.

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